O conhecimento sobre si mesmo, também chamado de autoconhecimento, é uma das ferramentas mais poderosas do ser humano. Por meio dele, uma pessoa tem condições de entender suas forças pessoais e seus valores, utilizando-os para crescer e evoluir na vida. Nesse contexto, surge a Psicologia Positiva, um campo de estudo que prioriza aquilo que traz felicidade e bem-estar a uma pessoa.
A partir desse entendimento, diferentemente de outras ciências que focam em traumas e patologias do indivíduo, a Psicologia Positiva busca auxiliar o indivíduo a encontrar um caminho que proporcione uma vida mais feliz e plena. O objetivo é reconhecer suas virtudes, forças e características que são importantes para que cada um tenha condições de construir o melhor caminho para si próprio.
Neste artigo, você vai conhecer mais sobre a Psicologia Positiva, seus objetivos e fundamentos, e como ela se relaciona ao autoconhecimento para ajudar a pessoa a tomar as melhores decisões sobre sua vida pessoal e profissional. Acompanhe!
O que é Psicologia Positiva
A Psicologia Positiva é um campo de estudo que faz parte da Psicologia, voltado à pesquisa dos elementos que podem trazer felicidade às pessoas. De acordo com essa ciência, é possível que o bem-estar seja medido por meio de cinco fatores:
- Emoção positiva;
- Engajamento;
- Sentido;
- Relacionamentos positivos;
- Realização.
O estudo dedicado à Psicologia Positiva foca, ao invés de priorizar a identificação de desvios ou patologias mentais, na manutenção e reforço do bem-estar do paciente, buscando entender aquilo que, para ele, faz a vida valer a pena, e não no que considera como sendo suas fraquezas. Nesse contexto, não quer dizer que as doenças e aspectos negativos da vida do indivíduo serão deixados de lado e ignorados, porém, o estudo concentra-se no lado positivo da existência humana.
Busca-se, com isso, compreender qual é o desempenho ideal do ser humano, ou seja: o que torna a vida mais significativa, plena e feliz, tendo o entendimento de que podem ser aspectos sociais, culturais, institucionais ou até mesmo biológicos. A partir dessa base, a Psicologia Positiva conta com ferramentas como a autorresponsabilidade, com o objetivo de mostrar que cada pessoa tem em suas mãos o poder de mudar sua própria realidade.
A origem da Psicologia Positiva data da década de 1950, após a Segunda Guerra Mundial, por meio de uma abordagem humanista que começou a surgir na psicologia, buscando trabalhar traumas, comportamentos anormais e doenças mentais. O responsável por essa abordagem foi o psicólogo americano Martin Seligman, que é professor universitário e já foi presidente da Associação Americana de Psicologia. A partir desses métodos científicos, ele desenvolveu uma teoria sistêmica que explica o porquê de as pessoas felizes serem realmente felizes.
Objetivo da Psicologia Positiva
O objetivo da psicologia positiva é auxiliar pessoas a conseguirem construir uma realidade boa para elas mesmas. Essa abordagem se distancia de outros métodos, cujo objetivo é focar no passado do indivíduo para apenas consertar aquilo que é visto como negativo.
De maneira prática, são entendidos os eventos positivos que influenciam a vida das pessoas, tais como:
- Experiências positivas: aquilo que proporciona sua felicidade, inspira e desperta o amor;
- Estados positivos: situações que resultam em gratidão, resiliência ou compaixão;
- Instituições positivas: os princípios positivos que são aplicados nas organizações em que o indivíduo está envolvido, como o ambiente de trabalho.
A partir disso, a Psicologia Positiva acredita que para ser feliz na maior parte do tempo, mesmo que toda a humanidade vivencie desafios e situações difíceis, o foco deve sempre estar na construção de:
- Emoção positiva;
- Engajamento;
- Sentido na vida;
- Realização positiva;
- Relacionamentos interpessoais positivos.
Fundamentos da Psicologia Positiva
A Psicologia Positiva se aprofunda nos princípios que estão por trás da felicidade das pessoas. Assim, ao colocá-la em prática, é ressaltado o desenvolvimento da inteligência emocional, bem-estar e alegria do indivíduo. Nesse contexto, durante suas pesquisas, Martin Seligman identificou que existe um padrão para o alcance do bem-estar, propondo o modelo PERMA, que explica e define o bem-estar em um aspecto mais amplo. Dessa forma:
P – Positive emotions (Emoções positivas)
Elas podem surgir em diversos momentos, como quando uma pessoa é grata em relação a eventos passados ou tem a capacidade de se divertir no momento atual e também ser otimista sobre o que o futuro reserva.
E – Engagement (Engajamento)
Acredita-se na importância de desenvolver um senso de engajamento com as atividades que se pratica para potencializar o bem-estar, o que proporciona a sensação de ser suficiente para cumprir um objetivo ou enfrentar um determinado desafio.
R – Relationships (Relações)
As pessoas são seres sociais, por isso, de maneira geral, dependem da construção de conexões com outros indivíduos para conseguirem prosperar. A partir disso, o apoio que surge dessas conexões pode ser importante para dar propósito e significado à vida.
M – Meaning (Significado)
Nesse sentido, acredita-se que é necessário encontrar o significado da felicidade para além das emoções positivas: é preciso servir e haver sentido em uma causa maior, como uma ação de caridade e voluntariado, por exemplo.
A – Accomplishment (Realização)
A realização é o sentimento buscado quando um indivíduo alcança seus objetivos e até mesmo o sucesso, sendo a sensação que motiva e impulsiona cada um e possibilita o verdadeiro bem-estar.
Virtudes e Forças Pessoais
Já foi explicado que a Psicologia Positiva trabalha os aspectos positivos do ser humano. Mas é importante entender também como os especialistas por trás dessa ciência identificaram quais são as habilidades e os valores que os indivíduos podem desenvolver para viver mais feliz: por meio do estudo das forças e virtudes, feito pelos psicólogos Martin Seligman e Christofer Peterson, em 2004.
Eles buscaram na história referenciais filosóficos e religiosos das virtudes entre os milênios e culturas. A partir de um completo levantamento, identificaram as virtudes que apareciam em comum nas culturas oriental e ocidental, na Bíblia, no Alcorão, no Código Samurai e em diversas tradições. A partir disso, identificaram 6 virtudes que convergiam ao longo de toda a história humana, sendo:
- Sabedoria
- Coragem
- Humanidade
- Justiça
- Temperança
- Transcendência
Cada uma dessas 6 virtudes podem ainda ser subdivididas em 24 forças pessoais de caráter. Por exemplo, a Coragem, que refere-se à determinação para atingir objetivos, principalmente diante de obstáculos internos e externos, possui as seguintes forças ligadas a ela: bravura, perseverança, integridade e vitalidade. Ao serem colocadas em prática, incentivadas e desenvolvidas, essas forças afetam a maneira de agir, pensar e se comportar de um indivíduo, podendo ser o fator decisivo para que uma pessoa seja o melhor de si. Importante ressaltar que cada um possui combinação de forças única.
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